A democracia, o poder e o 'nepotismo alfacinha' tem destas coisas: qualquer 'tecla3' que de repente se vê sem emprego - sim, emprego!, não carreira! - faz uns telefonemazitos e arranja um oficiozinho num pasquim da terceira divisão regional, incumbência esta que o próprio apelidará de ... 'shall we say', cronista social... sei lá!... e desata a rabiscar umas coisitas sobre assuntos de interesse nacional. É preciso pôr as coisas neste pé, não vá o supracitado ficar ferido no seu orgulho pseudo-jornalístico.
Foi o que aconteceu ao supracitado.
Não anteporei o "sr.", pois de tal condição o fulano não tem nada!
Então, a estória todos lemos: este moço, em pleno transe psicótico, vomita umas palavrecas, em jeito sério e opinativo, e com elas pretende significar que no tempo dele é que era bom, é que se aprendia, é que os meninos e meninas seriam grandes cidadãos, e de valor...
Vê-se a educação primorosa aqui pela amostra!
Continua a verborreia e soma-lhe a excelência da sábia e sensata Sra Dona MLR - que por um acaso do ascensorismo político socialista deu em ministra! oh fado! - , acrescentando-lhe tranquilidade, diálogo e boa-fé!
Para rematar, o inevitável, fatal, infalível recurso às "orchestral manoeuvres in the dark" do PCP!
Este moço, além de alienado, só pode ter ganho o cartão do partido num pacote de Presto!
A mim, cidadã de plenos direitos, em posse de todas as minhas faculdades e exercendo os meus direitos inalienáveis de liberdade - a toda a popa! - e com os impostos em dia!, gostaria de lhe dizer isto, e quase no mesmo tom roçagante da baixaria!
(eu!, porque o fulano chafurda nela!)
« Estúpido - e hooligan - és tu! »
PS. Não gozando do dito 'nepotismo lisboeta', declaro já que não tenho quaisquer contactos para, e depois disto, ir a convite de um qualquer pasquim, escrever umas palavrotas em prol da manutenção de senhores em lugares que um triste fado os fez, um dia, ocupar!
3 comentários:
eu gostava era de os ver a dar aulas no Cerco ou no Barreiro ou na Baixa da Banheira!!!! Ou simplesmente a dar aulas! Sim, porque leccionar definitivamente eles não sabem!
agora que já não tem a Margarida Marante para lhe dar porrada decidiu bater nos professores. Porreiro pá....
Esta foi a resposta que enviei para o Correio da Manhã.
Sem título, 2007, times new roman em formato Word
Ao contrário de muitos dos meus colegas, não me sinto particularmente beliscada pelos comentários feitos por Emídio Rangel, há uns tempos atrás, no Correio da Manhã. Primeiro porque não me revejo neles; segundo, porque Emídio Rangel não me merece qualquer respeito intelectual. Não vou gastar, sequer, duas linhas a discutir as ideias feitas que ele tem sobre os professores. Adquiriu-as, certamente, devido à convivência com maus elementos desta classe profissional. Que os há, como é lógico. Tal como há maus médicos, maus advogados, maus padeiros, maus jornalistas... Também se me afigura difícil explicar a alguém que considera ser idêntica a forma como se vendem sabonetes e elegem presidentes, que há pessoas, os professores, que dedicam a sua vida, não só a ensinar os alunos, como a desenvolver-lhes o espírito crítico, a necessidade do confronto de ideias e a vantagem de uma sólida argumentação. Não me parece que os professores de Emídio Rangel lhe tenham desenvolvido as competências necessárias para entender a importância desse tipo de atitudes. Parece-me mais que ele herdou desses tempos, dessa escola e desses professores, uma animosidade particular contra o PCP, característica que, tem-se constatado ultimamente, se encontra bem mais difundida do que 30 anos de democracia poderiam fazer crer. Parece-me, também, que Emídio Rangel não aproveitou todos os bons ensinamentos que lhe foram ministrados pelos excelentes professores que teve. É que, em particular, a coluna ‘Holligans’ em Lisboa, não está lá muito bem escrita... Eu, se fosse professora dele, não lhe dava bom...
PS — Não posso deixar de dizer que discordo em absoluto daquilo que alguns colegas meus exigem: um pedido de desculpas aos professores por parte do Correio da Manhã. Estamos num país livre; cada um pode escrever o que muito bem entender; a única coisa que é devida aos professores é um direito de resposta. Considere-se que, esta carta, é parte dessa resposta.
Teresa Salomé Alves da Mota, professora do ensino secundário, licenciada em Geologia, com (só!) um ano de estágio pedagógico, (mas com) mestrado em Ciências do Ambiente e doutoramento em História e Filosofia da Ciência.
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