A minha amiga escreveu:
« Professores, idos de todos os pontos do país!
Houve pessoas que fizeram viagens de 9 horas até Lisboa, mais 9 horas de regresso a casa.
Eu, por exemplo, viajei durante 6 horas, estive hora e meia à espera no Marquês,
levei 3 horas a chegar ao Terreiro do Paço e mais 5 horas para chegar a Braga.
Antes de ir, pensava que ia ser um dia horrível e extremamente cansativo.
Enganei-me redondamente.
Foi um dia repleto de emoções e de sentimentos positivos, sentimentos de pertença a um grupo que faz história, que se une para libertar a opressão pesada que está a sentir e que se está a tornar intolerável.
Mas o que mais me impressionou não foi isto, que só por si já é muito.Gostei de sentir o que senti.Gostei de tudo o que me aconteceu.
O que mais me emocionou foi o apoio que se sentia da parte de toda a gente: dos que, parados no passeio, gritavam que estavam connosco, dos trabalhadores dos cafés do Rossio que, simpáticos, nos indicavam a fila para a casa de banho; dos homens que partilhavam a fila para a sua casa-de-banho, que as mulheres tinham invadido; daquelas duas crianças, acompanhadas pelo pai, que seguravam uma faixa que dizia:
"Professores, os pais e os alunos estão convosco"
ou algo parecido.
Tive que pôr os óculos de sol por diversas vezes.
E não foi por causa do Sol. Foi um dia diferente.
Foi um dia cheio.
O cansaço no fim do dia, era bom. »Foi um dia Perfeito.
1 comentário:
De ramos entrelaçados se faz a trepadeira, que aos poucos cobre de verde-esperança, as paredes da sua clausura e descontentamento.
Enviar um comentário